Governo precisa regulamentar reforma tributária e tentará modificar impostos sobre a renda. Sem maioria de esquerda no Congresso, Lula terá mais um ano para administrar aliança com Centrão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu que 2024, o segundo ano do seu terceiro mandato, será um período de viagens pelo país para apresentar as ações de um governo que terá desafios no Congresso, na economia, na política externa e no campo eleitoral.
Lula já adiantou aos ministros que acabará a “moleza” de permanecer no Palácio do Planalto, pois é preciso “conversar com muita gente” em 2024.
Em outubro, os brasileiros votarão para prefeito e vereador, eleição que serve de aquecimento para a disputa presidencial de 2026. Assim, rodar o país é o eixo central da ação do governo após um primeiro ano que se concentrou em:
- Neutralizar ameaças golpistas após os atos de 8 de janeiro;
- Recriar programas sociais, a exemplo do Bolsa Família, Mais Médicos e Minha Casa, Minha Vida;
- Aprovar uma nova regra para as contas públicas e a reforma tributária;
- Lançar um pacote de obras no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC);
- Reestabelecer laços com países e organismos multilaterais.
Para 2024, conforme o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a meta é executar mais ações e planejar menos, estratégia traçada para melhorar a aprovação do governo e dar mais força a Lula que deseja, entre outros pontos:
- Lançar e inaugurar obras do PAC nos estados;
- Aproveitar a presidência do G20 para ampliar o peso do Brasil nas negociações internacionais;
- Aprovar no Congresso a regulamentação da reforma tributária;
- Administrar a relação com o Centrão;
- Reduzir o desmatamento no ano anterior à COP 30;