O padrasto indiciado por matar e ocultar o corpo de Pedro Lucas, de 9 anos, foi solto por falta de provas que liguem ele ao desaparecimento do menino, afirma o Ministério Público de Goiás (MPGO). Pedro Lucas desapareceu há quatro meses após deixar o irmão na escola, em Rio Verde, no sudoeste do estado.
Ao G1, a defesa de José Domingos Silva afirma que vai se manifestar apenas nos autos do processo. O caso foi investigado pela Polícia Civil (PC) e, segundo o delegado Adelson Candeo, José Domingos é o principal suspeito.
Em manifestação, o 11º Promotor de Justiça Paulo de Tharso Brondi, da Comarca de Rio Verde, pede a revogação da prisão temporária do padrasto. Para ele, até o momento, não há provas que liguem José Domingos ao desaparecimento de Pedro Lucas e, por isso, solicitou novas diligências à Polícia Civil (PC).
“O corpo da suposta vítima [não] foi encontrado [e] a perícia de DNA não foi conclusiva quanto ao sangue encontrado na residência da criança”, destacou no documento.
As novas diligências solicitadas pelo promotor são:
- Identificar e ouvir os colegas de sala de Pedro Lucas;
- Localizar e ouvir uma prima da vítima;
- Localizar e ouvir uma testemunha mencionada no depoimento da amiga do menino;
- Recuperar mensagens enviadas pela mãe pelo celular de uma amiga ao padrasto.
Ao G1, o delegado responsável pelo caso confirmou a decisão do Ministério Público e disse que recebeu os pedidos de novas diligências. Além disso, segundo a defesa do padrasto, a soltura também ocorreu devido ao fim da prisão temporária anterior.