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Padrasto é morto em confronto com a PM após matar enteado a facadas, diz polícia

Homens estavam sob efeito de álcool e discutiram antes do crime. Caso aconteceu em Porangatu.

Um homem de 75 anos foi morto em confronto com a Polícia Militar depois de matar o enteado a facadas em Porangatu, no norte de Goiás, informou a PM. Albino Rodrigues Ramos e o enteado Rosângelo Gomes da Silva estavam no Assentamento Fernando Silva e consumiam bebida alcoólica quando começaram uma discussão, de acordo com a polícia.

O crime aconteceu na terça-feira (29). De acordo com informações passadas por testemunhas à PM, o padrasto e o enteado começaram a beber por volta das 8h. Durante a discussão, que começou por volta das 11h, Albino pegou uma faca de cozinha e feriu o enteado, informou a PM.

Faca e arma utilizada por padrasto morto em confronto com a PM, em Goiás — Foto: Reprodução/Polícia Militar
Faca e arma utilizada por padrasto morto em confronto com a PM, em Goiás — Foto: Reprodução/Polícia Militar

Rosângelo caiu imediatamente no chão e morreu no local. De acordo com relato das testemunhas para a polícia, Albino ainda tentou esfaquear outra pessoa, mas foi impedido por terceiros.

A polícia informou que o idoso entrou numa residência e pegou uma arma antes de fugir. Agentes da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) da PM encontraram Albino atrás de uma árvore, próximo ao local do homicídio, informou a polícia.

Padrasto é morto em confronto com a PM após matar enteado a facadas, diz polícia

O homem atirou contra os policiais e feriu um sargento da equipe. Os policiais reagiram e Albino foi atingido. A PM informou que o suspeito foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

O policial atingido pelo tiro disparado pelo suspeito não se feriu gravemente e passa bem.

A PM fez uma busca na residência onde Albino retirou a arma e encontrou uma outra arma de fabricação caseira no local.

Assentamento Fernando Silva, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Assentamento Fernando Silva, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Apesar assustar bastante, segundo a agencia Brasil, Mortes violentas no Brasil diminuem 3,4% em 2023.

Em 2023, as mortes violentas no Brasil diminuíram em relação a 2022. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18), houve uma queda de 3,4% no período de um ano. Apesar da redução, foram registradas 46.328 mortes violentas intencionais em todo o país no ano passado, o que representa 22,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes.

Os dados fazem parte da 18ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O chamado índice de mortes violentas intencionais (MVI) inclui as vítimas de homicídio doloso, entre elas as vítimas de feminicídios; vítimas de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte; de lesão corporal seguida de morte; e, mortes decorrentes de intervenções policiais.

Para o coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques, a queda, ainda que não seja tão expressiva, é motivo de comemoração, mas também, de alerta, uma vez que o Brasil segue sendo um país violento.

“É um feito importante para um país do tamanho do Brasil ter uma redução de 3,4% que, na verdade, se soma a uma tendência de redução que a gente vem acompanhando desde 2018”, diz e ressalta: “A gente teve 46.328 mortes violentas intencionais em 2023. Ainda é um número bastante alto. O Brasil tem aproximadamente 3% da população mundial, mas concentra 10% dos homicídios registrados no mundo. As nossas taxas de homicídio ainda mostram que o Brasil é um país extremamente violento”.

Segundo o Anuário, em termos globais, a taxa de MVI, ou seja, 22,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, é quase quatro vezes maior do que a taxa mundial de homicídios, que, segundo dados das Nações Unidas é de 5,8 mortes por 100 mil habitantes.

Cidades mais violentas

O município de Santana, no Amapá, lidera o ranking das dez cidades mais violentas no país, com 92,9 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes. O índice é mais do que quatro vezes maior que o nacional. Em seguida estão: Camaçari (BA), com 90,6; Jequié (BA), com 84,4; Sorriso (MT), com 77,7; Simões Filho (BA), com 75,9; Feira de Santana (BA), com 74,5; Juazeiro (BA), com 74,4; Maranguape (CE), com 74,2; Macapá (AP), com 71,3; e Eunápolis (BA), com 70,4. Seis dessas municipalidades estão no estado da Bahia.

Considerando as regiões, Norte e Nordeste são as regiões mais violentas. Na análise do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nessas duas regiões estão localizados os estados que estão convivendo com um quadro acentuado de disputas entre facções de base prisional por rotas e territórios e, ao mesmo tempo, concentram a maioria dos estados com altas taxas de letalidade policial.

As maiores taxas de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes são: Amapá, com 69,9 mortes por 100 mil habitantes; Bahia, com 46,5; e Pernambuco, com 40,2. As menores taxas são as de São Paulo, 7,8; Santa Catarina, 8,9; e, Distrito Federal, 11,1.

Mais investimentos

Segundo o anuário, o Brasil investiu R$ 137,9 bilhões em segurança pública em 2023, o que representa um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. Considerando apenas a União, o aumento nesse período foi de 8,7%. Os investimentos dos estados e do Distrito Federal aumentaram 3,6%.

Os investimentos dos municípios foram os que mais cresceram, com um aumento de 13,2% nas despesas com segurança pública neste período. Isso ocorre, de acordo com o Fórum, devido aos gastos com as Guardas Civis Municipais (GCM) e as chamadas “operações delegadas”, por meio das quais policiais militares e os próprios guardas municipais prestam serviço em seus horários de folga às municipalidades.

Entre os fundos do Ministério da Justiça para financiamento das políticas da área verificaram-se diferentes variações. Entre 2017 e 2023, as despesas do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) caíram 48,6%. Os recursos do fundo são aplicados na melhoria do sistema carcerário.

Já o Fundo Nacional de Segurança Pública vem crescendo ano a ano graças ao reforço oriundo de parcela da arrecadação das loterias; entre 2017 e 2023, cresceu 140,8%, com recursos de R$ 900 milhões, passando para R$ 2 bilhões no último ano. Esse fundo tem o objetivo de apoiar projetos na área de segurança pública e prevenção à violência.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública é baseado em informações fornecidas pelos governos estaduais, pelo Tesouro Nacional, pelas polícias civil, militar e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública.

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