Equipe do cantor e diretor da concessionária apresentam versões diferentes da história. No dia 20 de novembro, Justiça determinou que plataformas de músicas informem valores de direitos autorais disponíveis para Léo Magalhães, a fim de debitar a dívida.
Uma dívida causada pela compra de uma Ferrari fez com que o cantor sertanejo Léo Magalhães se tornasse alvo de uma briga na Justiça. O caso chegou ao conhecimento do público nesta semana, mas o embaraço já dura alguns anos. Entenda abaixo o que aconteceu com o cantor.
Em 2014, Léo Magalhães comprou uma Ferrari usada pelo valor de R$ 511 mil, em Goiânia, mas não quitou o valor completo. A concessionária, então, passou a cobrar do artista o restante do pagamento, mas não teve sucesso. Assim, em 2018, iniciou-se uma batalha judicial que segue até hoje.
A compra
A assessoria de Léo Magalhães afirma que o cantor pagou quase 50% do valor do carro de luxo e o descreve como “um cliente de boa fé”, que inclusive, “já tinha comprado vários carros nessa loja”.
Porém, dois meses depois da compra descobriu que a Ferrari já havia se envolvido em um acidente e, por isso, teria procurado a concessionária para devolver o carro, mas que o proprietário da loja se recusou. A equipe do cantor afirma que ele não havia sido informado sobre o carro ser batido.
“Essa informação não havia sido dita, pois confiava na loja e jamais achou que ia ser lesado de tal forma. Então, sustou os cheques restantes, pois o proprietário se recusou a receber o veículo de volta”, disse a equipe do cantor por meio de nota.
“Quando ele comprou, ainda disse aqui na loja: Edmundo, só eu compro esse seu carro. Vende ele mais barato porque é batido”, lembra.
O diretor destaca ainda que em nenhum momento o cantor tentou negociar a devolução da Ferrari.
“Ele não tentou devolver e não tem nenhum documento ou indício de tentativa. Ele comprou o carro aqui e uma semana depois estava viajando. Não tem uma ligação ou uma troca de mensagens”, finaliza.
Briga judicial
Segundo a Justiça, com a falta de pagamento, a concessionária procurou o cantor, que explicou estava passando por situações financeiras ‘inesperadas’, como a queda de shows.
A defesa de Léo Magalhães diz que ele tentou negociar a dívida e até quis devolver a Ferrari, porém a empresa cobrou juros altos e negou receber o veículo de volta.
Apesar das explicações, em 2018, a concessionária processou o cantor, com o intuito de que ele terminasse de pagar a Ferrari. Um ano depois, o cantor foi condenado a pagar a dívida, mas entrou com recurso.
À Justiça, Léo Magalhães também argumentou sobre suas situações financeiras ‘inesperadas’. “Queda de shows, dívidas da empresa, dispensas indesejadas de funcionários, ações trabalhistas, situações totalmente inesperadas”, detalhou a defesa do artista no processo.
Sem acordo
Apesar das tentativas de negociação, o cantor e a concessionária não chegaram a um acordo e, no dia 20 de novembro, a Justiça determinou que plataformas de músicas informem os valores de direitos autorais disponíveis para Léo Magalhães, a fim de debitar a dívida.
A Justiça deu o prazo de 15 dias para que as plataformas informem sobre os valores disponíveis. Em seguida, o cantor terá 15 dias para se manifestar sobre a decisão.
Ao g1, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que o processo não cabe mais recursos.
Íntegra do comunicado do cantor
Em 2014 o cantor Léo Magalhães adquiriu uma Ferrari em uma loja, na qual ele sempre foi um cliente de boa fé e cumpriu com todas as suas obrigações e inclusive ja tinha comprado vários carros nessa loja .
Chegou a pagar quase 50% do valor da Ferrari , dois messes após a compra em uma manutenção o cantor descobriu que o automóvel já havia sido batido , desde então começou a negociar a devolução do bem, até porque essa informação não havia sido dita pois confiava na loja e jamais achou que ia ser lesado de tal forma , então sustou os cheques restantes pois o proprietário se recusou a receber o veículo de volta.
Desde então se iniciou uma disputa judicial que ainda cabe recurso. Vale ressaltar que não se trata de um bem de custo baixo, além disso o consumidor precisa saber de todas as condições do bem adquirido no ato da compra, para que não haja problemas futuros desta natureza.