Uma verdadeira “operação de guerra” foi conduzida para manter em segredo o parto de Suzane von Richthofen e evitar qualquer alvoroço midiático.
Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, um crime que marcou o país no final de 2002, Suzane, agora com 40 anos, deu à luz a um menino na última sexta-feira (26) no Hospital Albert Sabin, em Atibaia (SP). As informações são da coluna True Crime, do jornal O Globo.
Durante o período de pré-natal, Suzane recebeu cuidados médicos no complexo hospitalar Santa Casa, localizado em Bragança Paulista, onde reside com o marido, o médico e pai da criança, Felipe Zecchini Nunes. Porém, ela foi transferida para o hospital onde o marido exerce o cargo de chefe do pronto-atendimento, não apenas para contar com o apoio da direção a fim de manter a discrição do parto, mas também para garantir sua permanência no local.
Para evitar qualquer vazamento de informações, a administração do Hospital Albert Sabin reuniu-se com os funcionários para explicar detalhadamente o rigoroso esquema de segurança, algo sem precedentes nos padrões do hospital.
Richthofen chegaria ao hospital na madrugada de sexta-feira, usando um moletom com capuz para ocultar o rosto. Em seguida, entraria pelos fundos, passando por um dos laboratórios e indo diretamente para o quarto 117, onde seria recebida.
Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem foram instruídos a não discutir com Suzane nenhum assunto que não estivesse relacionado ao parto, sob o risco de demissão em caso de descumprimento. Além disso, os funcionários do hospital foram proibidos de divulgar qualquer informação sobre a mulher.
Após o parto, ela recebeu alta do hospital na noite de sábado (27). Durante seu período de internação, ela não recebeu visitas além da presença do marido. Assim como na chegada, ela deixou o local pelos fundos, acompanhada por dois seguranças e pela enfermeira de plantão. Inicialmente, a alta estava prevista para domingo ou segunda-feira, mas Richthofen optou por ser acompanhada em casa no pós-operatório cesárea, com assistência prestada pelo próprio marido.
- Suzane precisou pedir autorização na Justiça para que o filho nascesse em Atibaia.
- Isso porque, por cumprir pena em regime aberto, ela não poderia deixar o município em que mora, Bragança Paulista, no interior de São Paulo.
- Para não ser vista nem fotografada, a gestante entrou na maternidade pelos fundos, de madrugada, vestindo um moletom com capuz.
- A direção do hospital passou instruções para que os funcionários não fotografasse a paciente ou conversassem com ela sobre assuntos não relacionados ao parto.
- O procedimento foi feito pela obstetra Taís Albrecht de Freitas, que também realizou o pré-natal da paciente.
- O acompanhamento da gravidez foi realizado na Santa Casa de Bragança Paulista.
- Como Suzane é reconhecida nas ruas, Felipe preferiu transferir o nascimento do filho para o hospital em que trabalha, para manter a privacidade.
- O parto foi acompanhado pelo pai do bebê e por outros profissionais do hospital.
- Depois da cesariana, a nova mãe foi acomodada em um quarto no primeiro andar.
- Com alta prevista para domingo ou segunda-feira, Suzane optou por deixar o hospital na noite de sábado (27), por volta de 21h30.
- Para preservar o sigilo, a saída também foi feita pelos fundos. O acompanhamento pós-parto será realizado por Felipe, em casa.