O Samu informou na tarde desta segunda-feira (21), que o número de emergência, 192, está temporariamente fora de serviço. (Veja comunicado abaixo).
No comunicado é informado que problemas técnicos com a operadora estão impedindo a funcionalidade do número de regate, por isso não é possível realizar chamadas com este número.
“A direção do Samu informa que todas as unidades de urgência e emergência da cidade e todo o corpo de segurança estão cientes deste problema com a linha telefônica e instruídos sobre como proceder”, explicou a nota.
Neste momento a orientação para acionar o serviço do Samu é ligar para o Corpo de Bombeiros no 193 que irá direcionar as chamadas de emergência.
Quando Chamar o SAMU?
O atendimento do SAMU 192 começa a partir do chamado telefônico, quando são prestadas orientações sobre as primeiras ações. A ligação é gratuita, para telefones fixo e mível. Os técnicos do atendimento telefônico que identificam a emergência e coletam as primeiras informações sobre as vítimas e sua localização.
Em seguida, as chamadas são remetidas ao Médico Regulador, que presta orientações de socorro às vítimas e aciona as ambulâncias quando necessário. As ambulâncias do SAMU 192 são distribuídas estrategicamente, de modo a otimizar o tempo-resposta entre os chamados da população e o encaminhamento aos serviços hospitalares de referência.
A prioridade é prestar o atendimento à vítima no menor tempo possível, inclusive com o envio de médicos conforme a gravidade do caso. As unidades móveis podem ser ambulâncias, motolâncias, ambulanchas ou aeromédicos, conforme a disponibilidade e necessidade de cada situação, sempre no intuito de garantir a maior abrangência possível.
QUANDO CHAMAR
- Na ocorrência de problemas cardio-respiratórios;
- Intoxicação exógena e envenenamento;
- Queimaduras graves;
- Na ocorrência de maus tratos;
- Trabalhos de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto;
- Em tentativas de suicídio;
- Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito;
- Quando houver acidentes/traumas com vítimas;
- Afogamentos;
- Choque elétrico;
- Acidentes com produtos perigosos;
- Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio da comissura labial são os sintomas mais comuns);
- Agressão por arma de fogo ou arma branca;
- Soterramento, Desabamento;
- Crises Convulsivas;
- Transferência inter-hospitalar de doentes graves;
- Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.
QUANDO NÃO CHAMAR
- Febre prolongada;
- Dores crônicas;
- Vômito e diarreia;
- Levar pacientes para consulta médica ou para realizar exames;
- Transporte de óbito;
- Dor de dente;
- Transferência sem regulação médica prévia;
- Trocas de sonda;
- Corte com pouco sangramento,
- Entorses;
- Cólicas renais;
- Transportes inter-hospitalares de pacientes de convênio;
- Todas as demais situações onde não se caracterize urgência ou emergência médica.
Importante: Nestes casos e em todos os casos sem caracterização de urgência ou emergência, o paciente poderá ser encaminhado ao posto de saúde ou então as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) mais próximas.
Apresentação
No Brasil, o SAMU 192 teve início através de um acordo bilateral, assinado entre o
Brasil e a França, por uma solicitação do Ministério da Saúde. Foi criado em 2003 e oficializado pelo Ministério da Saúde por meio do Decreto nº. 5.055, de 27 de abril de 2004
O SAMU, no Brasil, propõe um modelo de assistência padronizado que opera através do acionamento à Central de Regulação das Urgências, com discagem telefônica gratuita e de fácil acesso (linha 192), com regulação médica
regionalizada, hierarquizada e descentralizada.
Atualmente, o SAMU 192 é regido no Brasil pela Portaria nº 1010 de 21 de 2012 O SAMU 192 é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, criada em 2003, que tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade no atendimento no SUS.
A política tem como foco cinco grandes ações:
– Organizar o atendimento de urgência nos pronto-atendimentos, unidades básicas
de saúde e nas equipes do Programa Saúde da Família;
– Estruturar o atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU 192);
– Reorganizar as grandes urgências e os pronto-socorros em hospitais;
– Criar a retaguarda hospitalar para os atendidos nas urgências; e
– Estruturar o atendimento pós-hospitalar.
Objetivos do SAMU 192
– Assegurar a escuta médica permanente para as urgências, através da Central de
Regulação Médica das Urgências, utilizando número exclusivo e gratuito 192;
– Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde, no que
concerne às urgências, equilibrando a distribuição da demanda de urgência e
proporcionando resposta adequada e adaptada às necessidades do cidadão,
através de orientação ou pelo envio de equipes, visando atingir todos os
municípios da região de abrangência;
– Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta ou à distância,
de todos os atendimentos pré-hospitalares;
– Realizar o atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto em casos de
traumas como em situações clínicas, prestando os cuidados médicos de urgência
apropriados ao estado de saúde do cidadão e, quando se fizer necessário,
transportá-lo com segurança e com o acompanhamento de profissionais do
sistema até o ambulatório ou hospital;
– Promover a união dos meios médicos próprios do SAMU ao dos serviços de
salvamento e resgate do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Polícia
Rodoviária, da Defesa Civil ou das Forças Armadas quando se fizer necessário;
– Regular e organizar as transferências inter-hospitalares de pacientes graves
internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito macrorregional e
estadual, ativando equipes apropriadas para as transferências de pacientes;
– Participar dos planos de organização de socorros em caso de desastres ou
eventos com múltiplas vítimas, tipo acidente aéreo, ferroviário, inundações,
terremotos, explosões, intoxicações coletivas, acidentes químicos ou de
radiações ionizantes, e demais situações de catástrofes;
– Identificar, através do banco de dados da Central de Regulação, ações que
precisam ser desencadeadas dentro da própria área da saúde e de outros
setores, como trânsito, planejamento urbano, educação dentre outros.
– Participar da educação sanitária, proporcionando cursos de primeiros socorros
à comunidade, e de suporte básico de vida aos serviços e organizações que
atuam em urgências;