O Brasil registrou 709 casos confirmados ou prováveis de Mpox em 2024, uma média de 40 a 50 novas infecções por mês, segundo o Ministério da Saúde. Em agosto de 2022, quando o país teve um pico da doença, foram contabilizadas mais de 40 mil notificações. Um ano depois, em agosto do ano passado, o número caiu para pouco mais de 400.
Os principais sintomas são:
- lesões na pele ou erupções cutâneas
- ínguas
- febre
- dores no corpo e de cabeça
- calafrios e fraqueza
Durante o webinário “Situação Epidemiológica e Resposta à Mpox no Brasil”, o diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, reforçou que o Brasil não está em situação de emergência de saúde pública, mas recomendou que estados e municípios façam a vigilância local dos casos.
“Precisamos estar atentos para fortalecer a nossa vigilância, nossas estratégias de detecção, para que a gente possa ter uma detecção oportuna, caso o cenário epidemiológico no Brasil venha a sofrer alguma alteração. Mas destacar principalmente a importância das vigilâncias em nível local, nos municípios e nos estados. Cada local se organiza de uma forma. No Ministério da Saúde, a vigilância de Mpox está no Departamento de HIV, Aids, Tuberculose e Hepatites. Então, a gente respeita muito a autonomia de municípios e estados.”
A Mpox é uma doença zoonótica viral, ou seja, a transmissão pode acontecer tanto pelo contato com pessoas e materiais contaminados com o vírus quanto com animais silvestres infectados. Os principais sintomas são lesões na pele ou erupções cutâneas, ínguas, febre, dores no corpo e de cabeça, calafrios e fraqueza.
Uma vez que a transmissão do vírus Mpox ocorre por contato com gotículas e outras secreções respiratórias, a principal recomendação é que as pessoas doentes fiquem em casa. A orientação é da infectologista Joana D’arc Gonçalves.
“Para a pessoa que está doente, [a recomendação é] para que ela fique em casa pelo menos até que as crostas caiam, até que as feridas sequem. Depois a gente também evitar tocar em objetos, cobrir a lesão, para não contaminar o ambiente. E caso [precisar] sair e ter em contato com outras pessoas, o ideal é usar máscara para evitar a disseminação das gotículas infectantes.”
Atualmente, o imunizante contra a Mpox está disponível gratuitamente no SUS para pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença, como pessoas vivendo com HIV/aids; profissionais de laboratório que trabalham diretamente com o vírus Mpox; e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para a doença, mediante avaliação da vigilância local.
Fonte: Brasil 61