‘iPhone’ de argila’
Crime foi registrado em Belo Horizonte, em fevereiro. Mandado de prisão foi cumprido nesta quinta-feira (25).
Homem foi preso suspeito de vender celulares de argila em BH — Foto: PCMG/ Divulgação
Um homem de 31 anos foi preso nesta quinta-feira (25) suspeito de vender celulares falsos, feitos com argila, em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, ele é influenciador digital e tem quase 300 mil seguidores nas redes sociais.
As investigações começaram após a vítima procurar uma delegacia, no Barreiro, para denunciar ter sofrido um golpe. Ela disse que viu um anúncio, no marketplace de uma rede social, de dois celulares do modelo iPhone 15 Pro Max por R$ 13 mil.
A mulher conversou com o vendedor por meio um aplicativo de mensagens e marcou de se encontrar com ele, no dia 23 de fevereiro, para fazer o pagamento e receber os aparelhos. No local combinado, ela acabou sendo ameaçada pelo suspeito, que disse estar armado.
“Chegando lá, o vendedor apresentou os dois aparelhos na caixa original do produto. A vítima quis conferir o conteúdo da caixa e, no momento em que ela tentou abrir, o autor a ameaçou, afirmando estar armado e exigindo que ela fizesse a transferência do valor de R$ 13 mil por PIX”, explicou o delegado Gabriel Teixeira.
Segundo ele, a vítima fez o pagamento e, após o homem deixar o local de carro, abriu a caixa e se deparou com os falsos telefones, feitos de argila (veja explicação do delegado no vídeo abaixo).
Nesta quinta-feira, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva do suspeito, no bairro Camargos, na Região Oeste de BH. Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dele e do pai, que seria responsável pela chave PIX.
O investigado negou o crime, mas, de acordo com o delegado, os indícios apontam para o indiciamento dele pelo crime de extorsão majorado pelo uso de arma de fogo.
Homem foi preso suspeito de vender celulares de argila — Foto: PCMG/ Divulgação
“Chama a atenção o fato de que o autor tem uma grande quantidade de seguidores na rede social. Podemos denominá-lo como influenciador, e isso, sem dúvida nenhuma, dá uma certa credibilidade nesse negócio que ele tentou pactuar com a vítima que, posteriormente, foi descoberto que era um ilícito penal”, afirmou o delegado.
A polícia pede que outras possíveis vítimas de golpes semelhantes procurem a delegacia para registrar denúncia.
reportagem: G1