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Com queda nos preços de produtos básicos, consumo das famílias no supermercado aumentou em 2023

De novembro para dezembro, a alta foi de 18%, o maior resultado registrado de um mês para o outro em dois anos.

Uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados mostrou um aumento do consumo das famílias brasileiras ao longo de 2023.

“Suco de uva integral baixou de R$ 14,50 para R$ 9,98”. É só o locutor anunciar a oferta que os clientes aparecem.

“A gente fica aqui nas promoções, agora mesmo eu falei para o moço: ‘Para de fazer promoção, se não não vou sair’. Toda hora tem uma promoção”, diz a enfermeira Simone Stief.

 

Segundo uma pesquisa da Abras, a Associação Brasileira de Supermercados, o consumo nos lares aumentou 3%, em 2023. De novembro para dezembro, a alta foi bem mais expressiva: 18%, o maior resultado registrado de um mês para o outro em 2 anos.

“Festas fim de ano, Natal, acho que a gente consome mais. 13º entra, e outras gratificações, a gente acaba gastando um pouco mais”, diz a enfermeira Marilena Lessa.

 

Para os economistas, os principais fatores que contribuíram para o aumento no consumo em dezembro foram repasses como o Bolsa Família, o auxílio gás, o lote residual de restituição de Imposto de Renda e a segunda parcela do 13º.

“O desemprego teve uma queda, isso foi bastante positivo, principalmente no final do ano, porque a parcela do 13º foi fundamental e grande parte desse valor foi para o consumo”, afirma Marcio Millan, vice-presidente da Abras.

 

Segundo a pesquisa, em 2023, o carrinho no supermercado saiu mais cheio também por causa de um outro motivo: a queda nos preços de alguns produtos básicos, que fazem parte do nosso dia a dia.

A Abras fez um levantamento da cesta composta pelos 35 produtos mais consumidos nos supermercados. Mesmo com uma alta em novembro e dezembro, a cesta fechou o ano mais barata, caiu 4,22%. Foi a maior queda registrada no acumulado do ano desde 2017.

Variação de preços nos 35 produtos de largo consumo — Foto: Jornal Nacional/Reprodução

“Óleo de soja metade do preço, menos da metade do preço”, comenta uma consumidora.

 

Óleo, feijão, farinha de trigo e leite longa vida ficaram mais baratos. Por outro lado, o preço de produtos como arroz e açúcar aumentou.

“Eu senti que ficou um pouco mais alto, mas aquelas coisas que a gente comprava de vez em quando, um refrigerante, um suco, uma besteirinha, está mais acessível”, diz o contador Samuel Henrique.

 

“Houve procura maior pelos produtos de menor preço, porque ,hoje, o consumidor tem as escolhas de marcas e preços, e a gente percebeu que ele escolheu produtos com preço menor”, acrescenta Marcio Milan, da Abras.

Sempre vale pesquisar e organizar a velha e boa listinha. É o que o Ernesto Kropf e a esposa fazem. Tem dias que funciona, em outros…

“Ela fez uma listinha. Aumentou um pouco algumas coisas, frigideira ai que ela achou interessante. Isso tudo é para comemorar meus 78. Um abraço para todos”, diz Ernesto.

reportagem: Jornal Nacional

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